Reunião (07.08) discute Ecossistema de Empreendedorismo e Inovação de Sorocaba

Na abertura dos trabalhos desta quarta-feira, dia 7, o presidente da AEAS, eng. José Carlos Carneiro, informou que o vice-presidente, eng. Luiz Francisco da Silva, representou a Associação na reunião ordinária de agosto do Colégio de Entidades Regionais – CDER-SP –, realizada no auditório da Sede Angélica do Crea-SP. O encontro reuniu, nessa quarta-feira, representantes de entidades de classe e instituições de ensino do Estado.

O presidente fez um breve relato sobre as atividades do 18º  Seminário Estadual de Fiscalização, 10º Congresso Estadual de Profissionais e a reunião anual do Colégio Estadual de Inspetores (CEI), ocorridos no último final de semana em Olímpia, com destaque para a eleição do eng. Samuel Carlos Flora como delegado do CREA-SP.

Informou, ainda, sobre o cronograma de elaboração do novo Estatuto da AEAS, que deverá seguir para a análise jurídica na próxima semana, após cumprir a fase de observações dos associados.

José Carlos Carneiro apresentou os nomes dos novos sócios. São eles: Aline Aparecida Ferreira Ramalho (Arquiteta e Urbanista); Antonio Donato (Engenheiro Civil); Rafael Marchetta Villega (Engenheiro Mecânico); e José Augusto Conceição Souza (Estudante de Engenharia Civil). Na sequência apresentou o palestrante da noite, o engenheiro, professor da Unesp e associado da AEAS, Galdenoro Botura Júnior.

A palestra

O engenheiro Galdenoro Botura Júnior, doutor e livre-docente, professor e pesquisador na Unesp/Sorocaba, levou à Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Sorocaba (AEAS) na noite dessa quarta-feira, dia 7, um tema que gerou um debate intrigante e mostrou uma fotografia da cultura empreendedora de Sorocaba.

A palestra “Ecossistema de Empreendedorismo e Inovação de Sorocaba – Potencialidades e desafios” teve por base um “raio X” nacional realizado pelo Endeavor Brasil, uma organização global sem fins lucrativos com a missão de multiplicar o poder de transformação dos empreendedores.

A partir de uma análise criteriosa do documento “Índice de Cidades Empreendedoras”, levantamento do Endeavor Brasil, divulgado em 2017, o professor Galdenoro apresentou uma conclusão preocupante e que reclama ações práticas.

Sorocaba é uma cidade boa para se morar, mas, cara se você for dono de uma empresa; tem grande porcentual de alunos matriculados na idade certa, mas faltam alunos no ensino técnico e profissionalizante; a porcentagem de adultos com curso superior está abaixo da média nacional; o número de concluintes em Faculdades e Universidades com notas 4 e 5 é baixo; mesmo assim, dirigentes de empresas sediadas em Sorocaba têm salários acima da média nacional; porém é muito baixo o número de mestres e doutores nas empresas; não há registros de projetos na Finep para fomento a pesquisas; as atividades voltadas para inovação estão concentradas em poucas empresas (número de pesquisadores/empresas – patentes); o acesso ao capital é baixíssimo; e há falta de cultura empreendedora e de inovação na população.

A notícia boa é que quanto mais as pessoas crerem que a criação de negócios de alto impacto pode ser positiva para a cidade em que vivem, maior a probabilidade que essas pessoas vejam, com bons olhos, o desafio de empreender e a figura do empreendedor”.

Ao apresentar os dados do levantamento do Endeavor Brasil e a conclusão, a proposta de Galdenoro foi fazer uma provocação coletiva a fim de buscar ideias práticas para promover uma transformação cultural com foco em iniciativas que desenvolvam uma mentalidade empreendedora na cidade de Sorocaba. “Queremos discutir a cidade e apresentar soluções aplicáveis”, disse o professor. “O debate vai prosseguir no âmbito da AEAS”, informa o presidente José Carlos Carneiro.

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