Palestra da semana (23.10) teve explicação sobre uso de vidros na construção civil

O vice-presidente eng. Luiz Francisco da Silva, que presidiu a reunião, já que o presidente José Carlos Carneiro estava ausente, acompanhando a comitiva que visitou a Usina Hidrelétrica de Itaipu, iniciou a reunião com a apresentação de 3 novos associados:  Wagner Henrique Rabelo, Engenheiro de Controle e Automação, Claudemir Lopes dos Santos, Engenheiro de Automação e Segurança do Trabalho e Rhuan Ribeiro Bastos, Engenheiro Civil (cursando).

O vice-presidente também falou da Visita Técnica à empresa KINGSPAN ISOESTE, em Cambuí (MG), no dia 01/11/19 com retorno no mesmo dia. São apenas 15 vagas. Os associados(as) podem fazer suas reservas por meio  do e-mail: comissoes@aeas.org.br ou pelos telefones (15) 3222-9795, (15) 3222-9957 e (15) 3202-5893.

O palestrante da noite, engenheiro eletricista Wagner Luiz de Gerone, que atua há 40 anos no mercado vidreiro, falou sobre a história do vidro e os tipos de produção, que evoluíram muito. “Até a década de 90, tínhamos apenas 6 tipos de vidro e hoje, são 74. Além disso, o processo produtivo também melhorou. O que em outros países já era utilizado desde a década de 50, no Brasil chegou apenas em 1984, o chamado Sistema Float Glass ou Sistema Vidro Flutuante, que permite uma fabricação precisa e sem distorções. De lá para cá, a tecnologia simplesmente explodiu e hoje há uma infinidade de tipos de vidros”.

No Sistema Float, o vidro flutua sob uma piscina de estanho e por não se misturar, fica em cima, dando um aspecto bem liso. Já para os vidros texturizados, a massa passa entre rolos, um liso e o outro com a textura desejada.

Em 1985 existia apenas 1 fábrica no Brasil, e hoje são 10. A produção saltou de 400 toneladas de vidro por dia para 6.000 toneladas/dia.

Além dos vidros recozidos – os comuns, os mais utilizados na Construção Civil são os chamados de Segurança, que se dividem em Temperado, Laminado e Laminado Múltiplo, Aramado, Insulado (duas chapas e ar entre elas), Termo Absorvente, Termo Refletor, Composto e os Vidros Especiais como o Antibala, Antichama (aguenta 1 hora de fogo), o Plumbífero (para proteção do Raio-x) e o Fotovoltaico (gera energia por meio do sol).

Na construção civil, há um vidro específico que pode ser instalado em cada área, regido por diversas ABNT NBRs. A mãe de todas, é a NBR 7199, que engloba o projeto, execução e aplicação do vidro na construção civil.

As outras são NBR 14697 para vidro Laminado, NBR 14698 para vidro Temperado, NBR 16259 para envidraçamento de sacadas, NBR 14718 para guarda-corpos em edificação, NBR NM 293 para terminologia de vidro plano e dos componentes acessórios e suas aplicações, a NBR 6120 para o cálculo de estrutura em edificações e a NBR 11706 para vidros na construção civil. “Essas normas são de extrema importância para uma construção segura e sem onerações”, afirma Wagner.

Debora Constantino, arquiteta e consultora da empresa Cebrace, explica que o avanço da tecnologia fez com que a variedade de vidros aumentasse muito.

Os vidros temperados têm as bordas bastantes frágeis, o que pode estilhaçar o vidro se houver algum impacto ou lasca. “É um vidro instável, que deve ser colocado com cuidado e ter manutenção anual para averiguar”, afirma Wagner.

Já os Laminados, mais utilizados na construção, são feitos por duas ou mais lâminas de vidro comum ou temperado, unidas por uma camada intermediária de Polivinil Butiral (PVB). “É bem resistente. Pode ser colocado em sacadas, paredes e até em tetos. É utilizado em Shoppings, Estádios, entre outros. Oferece proteção acústica, térmica, antivandalismo, e pode filtrar até 99,6% dos raios UV”, afirma Wagner.

Os vidros Termo Absorvente e Termo Refletor permitem que um prédio seja fechado com vidro, aumentando a luminosidade e reduzindo a entrada do calor. “Com isso, há redução do uso do ar condicionado e da luz elétrica, com economia de até 40%”, explica Débora.

Há ainda vidros autolimpantes, antirreflexo, curvos, refletores metalizados que duram muito mais e não mais com a película metalizada, além dos tamanhos e cores diferentes.

Ao fim da palestra, Débora convidou a todos para visitarem uma das fábricas da Cebrace. O vice-presidente agradeceu aos palestrantes e presentes e os convidou para o networking habitual com café, bolo e bolachas.

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