Licitações foi tema de palestra na semana passada (15)

Na abertura da primeira palestra do ano, dia 15 de janeiro, o presidente José Carlos Carneiro desejou aos presentes um ótimo ano novo. Além disso falou da importância da participação dos associados na Assembleia de homologação do Estatuto da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Sorocaba, que aconteceu ontem (22).

O presidente também enfatizou o encontro que acontecerá nesta quinta-feira (23), com a equipe de Tecnologia da Informação (TI) da Prefeitura de Sorocaba juntamente com o corpo técnico da SEPLAN para apresentar na sede da AEAS as alternativas para informatização do setor de aprovação de projetos. Hoje, a partir das 14h.

A palestra

O presidente apresentou o palestrante, Eliezer Ferreira Dias, diretor da empresa Arte de Licitar, que explicou como empresas diversas podem entrar nesse nicho.

Ele trabalhou com impermeabilização por muitos anos e entrou na área de licitações por necessidade, para adequar a empresa na qual trabalhava. “Começamos com dificuldades, mas depois acabamos montando um setor somente de licitações”, explica.

A sua empresa foi criada, pois percebeu a dificuldade que as outras empresas tinham em saber como poderiam participar de licitações. “A intenção era ajudar outras empresas a pescar licitações possíveis e conseguir obras. Já são 11 anos de mercado”, ressalta.

Ele explica que o maior nicho no circuito de licitações são os projetos, já que as obras são mais completas e necessitam de empresas maiores.

Atualmente, por meio de Lei Federal, alguns serviços que eram feitos presencialmente, agora são licitados por meio de pregão eletrônico. “No caso de produtos e serviços simples de engenharia é que é utilizado o pregão. Se forem obras grandes, como a construção de um prédio, a modalidade é de tomada de preço, com envelope fechado e presencial”, explica Ferreira.

A diferença principal é que no pregão você não sabe quem está na concorrência e nem o preço máximo. Já no envelope fechado, a planilha com os preços é publicada logo após o edital.

No caso do envelope fechado, se por exemplo, a prefeitura não paga mais de R$ 100 mil em determinada obra, você entra com seu preço máximo e por Lei, tem que dar o máximo de 30% de desconto, então o menor é R$ 70 mil. Se der menos de R$ 70 mil é desclassificado por obra inexequível. “Há exceções, mas são pontuais”, fala Ferreira

Ferreira alerta que os profissionais devem sempre verificar no edital o que está sendo solicitado na obra, pois se após ganhar a licitação houver problemas, será difícil lidar.

Outra questão para ser observada são as oportunidades de licitações. Existem 645 municípios, 26 autarquias, agências bancárias, 15 bancos públicos, mesmo que sejam de outro estado, tem filial aqui e pode prestar serviço aqui. “Existe um mar de possibilidades, se souber procurar vai achar muita coisa, principalmente nas cidades pequenas, onde a concorrência é menor”.

Ferreira encerra comentando sobre o capital social das empresas que desejam participar de licitações. “Para estar apto a participar de licitações tem que comprovar capacidade financeira de 10% do valor da obra. E é no capital social que isso se comprova, caso não tenha balanço patrimonial anterior. Até R$ 100 mil reais não há necessidade de comprovação”, afirma.

O presidente encerrou a palestra, agradeceu ao empresário por suas explanações e convidou a todos para um café. Mais informações sobre a Arte de Licitar no site www.artedelicitar.com.br.

 

Veja também