Comitiva realiza visita técnica à barragem de mineração da CBA

Um grupo de nove engenheiros da AEAS visitou nesta terça-feira (19) a barragem de rejeitos de mineração da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), na cidade de Alumínio.

A recepção do grupo foi realizada pelo Gerente Geral de Engenharia e Tecnologia da CBA, Albino Mercado Junior, acompanhado de todo o staff de engenheiros do local.

Primeiramente a comitiva da AEAS assistiu a uma detalhada apresentação sobre a barragem em si, incluindo como é feito o depósito de rejeitos, com especial atenção a todos os sistemas de monitoramento. Em seguida aconteceu a visita de campo, em que os engenheiros puderam percorrer a pé o local, devidamente trajados de todos os equipamentos de segurança.

Segundo o geólogo João Ângelo Marzola, integrante da comitiva, a barragem da CBA é de construção à jusante, sistema mais seguro e estável que a barragem à montante, tipo de construção que se rompeu tanto em Brumadinho, no mês passado, quanto em Mariana em novembro de 2015.

Marzola classificou a visita como positiva, não apenas pela preocupação da empresa em mostrar todos os detalhes da maneira mais técnica possível, como também por toda a estrutura de monitoramento do local, classificada por ele como segura e muito bem administrada. Um dos equipamentos destacados é o piezômetro, capaz de medir pressões estáticas ou a compressibilidade dos líquidos. São usados vários piezômetros, em toda a extensão do local.

O geólogo ainda destaca as iniciativas da empresa para reduzir o depósito de rejeitos na barragem, incluindo reuso de água decantada em seus processos industriais e técnicas de mineração à seco, que não resultam na lama avermelhada característica da barragem. Segundo ele, a CBA tem planos para que em 2022 (portanto daqui apenas três anos) a barragem já esteja com 90% de seus resíduos em estado sólido.

O engenheiro agrimensor José Hildemar Marianno, outro integrante da comitiva da AEAS, classificou a empresa como “zelosa” em seus processos de uso e monitoramento da barragem. Ele ressalta nesse cuidado a organização local, os cronogramas, monitoramentos próprios e contratados de empresas terceirizadas e o controle topográfico, com unidades de verificação de movimentos horizontais e verticais, além de aparelhagem para cálculo de volume de massa e volume de água dos rejeitos.

A barragem da CBA, que chega a ter 100 metros de altura, possui 20 milhões de metros cúbicos de resíduos, dispostos em um quilômetro quadrado de extensão. Ela fica a 1,2 km do centro da Cidade de Alumínio, e a 1,8 km da Fábrica da companhia.

O local recebe rejeitos da mineração da bauxita, vindas de áreas de mineração da CBA. A lama avermelhada que é depositada possui soda cáustica em sua composição, produto químico altamente reagente que é usado no processo de obtenção do alumínio.

Integraram a comitiva os engenheiros: Luiz Francisco da Silva, João Ângelo Marzola, José Hildemar Marianno, Tiago Marianno, Samuel Carlos Flora, Mauricio Bonilha Leite, Pedro Luiz Garcia, Ciro Oliveira Figueiredo e Brinner Monari Henk.

[Comunicação AEAS]

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